terça-feira, 24 de setembro de 2013



Falemos de posturas... 

Postura, uma palavra que nos leva a tantas imagens mentais: posturas de yoga (asanas), posturas corporais ligadas à massagem, posturas perante a sociedade ou sociais, posturas comportamentais, etc.

No âmbito da terapia emocional o termo postura é muito importante. Quando temos uma limitação temos tendência a não utilizar a parte do corpo ou da alma (emoção) que dói. Vamos adoptar uma postura limitada pela dor. Não tentamos encontrar os limites e limitações da experiência directa. Damos desculpas, criamos artifícios, "fugimos", escondemo-nos abrindo inconscientemente uma brecha entre nós e o nosso próprio bem-estar.

É importante estarmos conectados ao sentir do nosso corpo inteiro (corpo e alma ou mente) e, em consequência, ao nível psicológico e social, Sem isso não seremos capazes de funcionar no mundo.

Enquanto somos um todo, por nós mesmos, enquanto indivíduos fazemos parte de um todo mais vasto que se interliga através da família, dos amigos, da sociedade, da humanidade, do planeta... Percebemos que é pelos nossos sentidos e pelas nossas emoções nos ligamos ao mundo.

Podemos avançar mais dizendo que através de um número incalculável de "fios" o nosso ser está intimamente "tecido" com o coração de outros semelhantes e de outros ciclos mais vastos da Natureza.

A capacidade de perceber a interligação íntima de todos os seres e criaturas, no seu aspecto de Todo e de fragmentação e separação, pode ser conseguido através da Presença ou Plena Consciência (Terapia de In-tegração ou pela Terapia Frequencial). Podem perguntar, em que é que isso é importante?

É muito, pois discernimos a forma como o nosso espírito funciona e vemos as coisas em separado criando uma visão preconceituosa dos acontecimentos moldada por hábitos, crenças, afinidades e aversões do nosso passado. Através de uma visão clara (exempta) da realidade podemos perceber as coisas na sua totalidade e interligação, estamos conscientes dos seus contornos no nosso pensamento, criando uma abordagem diferente ao que somos e ao que nos rodeia.

Uma das vertentes dos problemas emocionais é o aprisionamento dentro de padrões do momento e do passado. Abrir as grilhetas, ou o coração, para olharmos de frente o que nos magoa, é o primeiro passo, o "trazer à luz". Em seguida, tomar a postura correcta para sair para a liberdade do que somos, na aceitação de nós mesmos, do que nos aprisionou e do "outro" (pessoa, situação, momento,etc.) que foi causa.

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