(Fotografia: Joana) |
http://youtu.be/W2yk1lsi9RM
Quase no fim de Setembro, neste Domingo de céu cinzento, uma proposta de relaxamento.
O relaxamento é essencial nas nossas, o encontro conSigo mesmo, tão essencial como o ar que respiramos.
Nas minhas consultas, quando peço que cada um guarde pelo menos uns trinta minutos para si mesmo, para criar o seu mundo, a resposta invariavelmente é: não tenho tempo! Segue-se uma lista de obrigações e deveres a cumprir a que, na sua maioria, cada um não se pode abster.
Pergunto: e se o corpo cair em colapso e tiver de ficar em repouso? Que acontece? Como se cumprirão as obrigações e deveres?
Segue-se um silêncio, de quem não acredita ou não consegue avaliar uma situação tão "grave", pois isso "só acontece aos outros".
Na verdade, a falta de atenção para Si mesmo vai criando "nós" que demoram a desatar. No fundo temos todos uma criança dentro de nós, a quem abandonamos no nosso lufa-lufa diário. Ela vai enviando avisos - como ansiedade, perturbações do sono, etc. - que vamos ignorando, cegos e surdos ao ser maravilhoso que nos avisa. Com o correr do tempo, a nossa criança vai ficando mais triste e vem a depressão e, em muitos casos, uma doença física.
Como reflexão eu pergunto: se cada um de nós visse uma criança triste e abandonada, a esmolar carinho e atenção, não correríamos para ela? Não a abraçaríamos? Seríamos capazes de a ignorar e de não lhe dizer como é maravilhosa, como a amamos?
Porque o fazemos à nossa própria criança interior? Como somos capazes de tal indiferença?
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